Desconhecido
Abro minhas mãos e meu coração ao mais novo desconhecido.
Revelo sem receio o que chamo de alma, e sem pudor desfio meus segredos.
Vasculho sua alma, tento conhecer seus segredos e com uma
ternura cúmplice, faz-se trégua a meus medos.
A importância deste encontro é medida por encantamento. Os
acasos se tornam estigmas do destino.
Sigo caminhando de inesperado a inesperado buscando uma
memória ou um sonho, que vive à flor da pele e da consciência. Sonhos e
memórias que me agasalham e me cobrem.
Uma doçura esquecida fatigava meu coração.
E nos libertei, arriscando-me na aventura da ventura que a
ternura contém.
Seus prazeres entendem os meus; meus prazeres entendem os
seus e na vastidão impressionante de nossos diversos mundos conseguimos brincar
com a felicidade.
Nasce um misto de fulgor e instinto, ou a história de viver,
amar e morrer.
Madu Dumont
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