quarta-feira, 15 de março de 2017

UMA TERNURA CUMPLICE



BASTA ACREDITAR... E TER ESPERANÇAS



... um homem, uma mulher. Nenhuma expectativa, apenas um início qualquer, um início que trazia um abraço carinhoso.
Não se conheciam, talvez fosse apenas o desejo de diminuir um pouco a solidão... de um e do outro. Nada mais que isso, o que encontrariam era incerto.

De repente, os momentos foram se transformando em alegrias. Longas conversas, deliciosos aprendizados, a emoção cresceu com uma naturalidade desconhecida. Todos os segredos foram revelados.

As palavras, as palavras surgiram e elas foram mágicas, as palavras construíram uma experiência diferente. As palavras foram as grandes responsáveis pelo respeito e pelo carinho e fizeram uma ponte por onde passaram as dores, as alegrias, os sorrisos, os conselhos e chegaram até as lágrimas.

Uma integração pouco comum surgiu, na verdade uma integração rara, que fez que em três ou quatro dias tudo houvesse evoluído para uma sensação especial. Uma sensação de companheirismo, como se estivessem juntos há muito tempo, mesmo que nunca estivessem estado antes. Não se iluda, não é uma coisa fácil, nem comum de acontecer, é necessário um longo tempo, aprendizado, conhecimento... Aqui não, simplesmente aconteceu.

Acordar cantando, tomar o café da manhã na varanda, a alegria, o bom humor, provocou momentos mágicos, que não foram forçados ou programados. Apenas mágicos.

O ver a água, o estar voando sobre a água, tudo contribuiu para que se tornasse uma história. Não uma história para sempre, nada é para sempre, mas um história que ainda pode ser escrita, vivida e provavelmente com um final feliz.
Não será a história de uma grande paixão, a paixão é fugaz demais, mas uma história de amor, de uma alma para outra alma.
Santo Agostinho disse: “a medida do amor é amar sem medida”, hoje eu acrescentaria que é amar sem expectativas, mas sempre... sempre com uma ternura cúmplice.

E além de tudo isso, houve o encontro físico, o desejo, o se tocar, o se beijar, o se acariciar, o se dar prazer, sem pensar no que virá amanhã, ou no que houve antes. Onde não existia passado nem futuro, mas uma liberdade completa e absoluta até suas pernas tremerem de prazer.
Para viver esse encontro não precisou que uma alma se dissolvesse na outra, bastou que se olhassem e se sentissem vivas. Reconheceram-se um nos olhos do outro. As peles ficaram marcadas, as cicatrizes podem provar.

A ausência, um novo encontro, não são nenhuma angústia, eles já estão um dentro do outro. E a saudade que está acontecendo, é amena, suave, como a saudade de um rosa que você viu em um jardim por onde passou. Saudade da esperança, do sonho, (a gente pode sonhar) basta acreditar.



Obrigada por aquele primeiro abraço...


Madu Dumont

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