terça-feira, 22 de novembro de 2016

APENAS UMA FORMA DE DIZER “OBRIGADA”


ESTE É UM TEXTO PESSOAL, 

MAS POR GRATIDÃO, VOU INCLUÍ-LO AQUI.



 

Não me lembro com certeza como tudo começou, talvez nem me lembre do dia de ontem. Sei que agora as lágrimas me dificultam escrever. Tudo em mim hoje é GRATIDÃO.
Vou tentar resumir, apesar de eu ser prolixa.
Conheci três Marias, a primeira nasceu no interior de Minas, em uma família que ainda hoje, vive mais ou menos como uma casta.
A segunda Maria libertou-se, ou apenas deixou de ser convencional. Se afastou daquele mundo e criou um só seu, de liberdade, de profundos e imensos prazeres, assim como também eram as dores. Se afogava em seus próprios sentimentos. Tudo era excesso. Alimentou uma força que não tinha para bancar seu próprio voo. E voou muito, voou alto. Foi assim que aquele antigo mundo convencional, acreditou no que ela quis mostrar, e que no fundo acreditava também, Maria se bastava, sua e só.
Foi um pouco antes desse tempo, que a luz divina a presenteou com uma filha, que não deveria ter outro nome, mas apenas se chamar “Amor”.
Em um dia qualquer, aquela que usava uma máscara, sentiu sua força falir. Ela já não mais se bastava, mesmo que negasse com todas as suas minguadas forças.
A solidão do afeto verdadeiro criou no corpo dessa segunda Maria uma doença que não lhe minava só o físico, mas principalmente a alma.
Mais uma vez, aquele ser de luz divina, que a gente finge que não existe, mas que vem até nós trazendo a luz violeta do amor, colocou no seu caminho, não apenas um médico, mas um ser-humano. O único a acreditar que o interior dessa Maria tinha tantas outras razões para transforma-la, ela viu nos seus olhos e teve a coragem de confiar. Esse homem que estudou a medicina do corpo por tantos anos, também conseguiu estudar o homem e sua alma, indo muito além da doença. Foi ele, que talvez por não acreditar em Deus, não se comparou ou agiu como um.
De todas as estrelas, foi ele a única que brilhou, de todas as estrelas, não precisou de um céu ou de um palco, mas silenciosa e calmamente foi capaz de gerar com sua competência nessa  Maria, um amor universal, incondicional.
Ele nunca soube da alegria e esperança que fazia essa mulher brilhar, e às vezes se afogar em uma única lágrima, ao receber uma mensagem lacônica: “Como você está?”
Então Maria se transformou e passou a viver o amor que havia acabado de aprender.
Tudo em torno desse médico lembrava beleza, seu pai, sua esposa maravilhosa, tão maravilhosa, tão transbordante de emoção, que é difícil descrevê-la. Foi assim que ficou mais fácil entender você Marcelo B. Fuccio.
Jamais terei algo material para lhe pagar o quanto lhe devo, tudo que você me ofereceu: da cura, ao aprendizado.
Mas posso garantir que essa Maria, aprendeu a olhar em torno e encontrar outros amores esquecidos e terá para com você, eternamente, amor, respeito, carinho e amizade.
Acho a palavra “Obrigada” muito pequena, prefiro dizer “Gratidão”.
Com meu melhor carinho,
Maria, Maria e mais uma e talvez, melhor Maria.

Madu Dumont




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